sábado, 29 de abril de 2017

Teaser do Projeto Romantismo do 2°J



Paródia "Baile de Trabalho"

Antiguidade Clássica existiu,
Na Europa, entre os anos mil
O antropocentrismo é o que dominava
O status social era o que determinava
Tinha trabalho que era só mental, o braçal e artesanal
Eles trabalhavam para sustentar
O Império grego que queria prosperar.

O Feudalismo, ele existiu,
Na Europa, na Idade Média
O teocentrismo é o que dominava
A igreja e o reino eram quem manipulavam, vai!
O trabalho era servil, visto como uma penitência
O clero dizia "todos são impuros, trabalhem bastante
para tentarem ser puros"

O capitalismo foi uma reforma
Na Europa, nó século XV,
A Revolução foi Industrial
E se espalhou de um forma mundial.
No inicio tudo era feliz,
O trabalho assalariado
Visto como benção e livres do pecado
O Romantismo era o que predominava
Com o passar do tempo eles viram
Que não era nada o que pensavam
O trabalho era totalmente escravo,
Lucro era o sistema e nada de liberdade.




Entrevista Amigos e Familiares

Entrevistamos algumas pessoas sobre o romantismo com r minusculo, o que isso é para elas e como se manifesta nos dias atuais. Eles não quiseram gravar vídeo, então escrevemos tudo que disseram.
O que é o romantismo pra você ?
"romantismo pra mim, é tipo, colocar o amor a cima de todas as coisas, você viver a sua vida colocando a emoção a cima da razão." B.L.
"romantismo é algo a mais que um movimento, é um modo de viver, de interagir com o mundo, é romper as barreiras do simples "ser elegante" é algo a mais." D.W
"romantismo pra mim é uma pessoa que se expressa, que da valor pros sentimentos, que valoriza a outra pessoa, que da tudo por essa pessoa, pelo amor dela." T.

Como o romantismo se manifesta nos dias atuais?
"hoje em dia ninguém acredita mais no romance, na magia, no amor, mas ele existe" B.L.
"não se manifesta ou quase não se manifesta" D.W


Romantismo nas artes plásticas, músicas, teatros e literatura

O romantismo nas artes plásticas surge nos trabalhos de pintores como Gros, Delacroix e Francisco Goya y Lucientes. Estes artistas retratavam a natureza, os problemas sociais, e valorizavam as emoções.


A música romântica, vive de estímulos literários, pois as formas musicais estão subordinadas a enredos literários.


No Romantismo, há o rompimento da lei das três unidades do teatro clássico (tempo, espaço, ação); passa-se do verso à prosa.



A característica principal da Poesia Romântica é a expressão plena dos sentimentos pessoais, com os autores voltados para o seu mundo interior e fazendo da literatura um meio de desabafo e confissão.
Românticos são poucos,
Românticos são loucos, desvairados
Que querem ser o outro,
Que pensam que o outro,
É o paraíso.

Românticos são lindos,
Românticos são limpos e pirados
Que choram com baladas,
Que amam sem vergonha e sem juízo
São tipos populares, que vivem pelos bares
E mesmo certos vão pedir perdão
E passam a noite em claro
conhecem o gosto raro
De amar sem medo de outra desilusão
Romântico é uma espécie em extinção.

Estilo de Época Romantismo

Na literatura, os Estilos de Época (também chamadas de Escolas Literárias ou Movimentos Literários) representam o conjunto de procedimentos estéticos que caracterizam a produção literária de determinado período histórico.

O Romantismo foi um estilo de época, que surgiu no final do século XVIII até o final do século XIX, surgiu na Revolução Industrial com o sonho de ser feliz antes da morte, defendendo os ideais de liberdade, igualdade e fraternidade. Começou na Alemanha, Itália e Inglaterra, porém foi na França que ela ganhou força e se espalhou pelo mundo.
São características do Romantismo:
https://t.dynad.net/pc/?dc=5550003218;ord=1493494777121

• Liberdade de criação e de expressão
• Nacionalismo
• Historicismo
• Medievalismo
• Tradições populares
• Individualismo
• Pessimismo
• Escapismo
• Crítica social
•Egocentrismo
•Amor Platônico
 
Também foi influenciado pelos ideais do Iluminismo e pela liberdade que foi conquistada na Revolução Francesa. É divido em três gerações.
A primeira geração é marcada pelo nacionalismo e indianismo, era voltada para a natureza, vê o índio como um herói nacional. Foi uma fase de egocentrismo, individualismo, sofrimento amoroso, emoções, sentimentalismo, exaltação da liberdade, expressão de estados de alma.
Principais autores: Gonçalves de Magalhães, Gonçalves Dias e Araújo Porto Alegre.
Principais obras: Canção do exílio, I-Juca-Pirama
A segunda geração foi considerada o mal do século, pois foi marcada pelo gosto pela morte, escuridão e amores impossíveis. Fase ultrarromântica, com as características principais: subjetivismo, egocentrismo, evasão na morte, lamentação, pessimismo, sofrimento amoroso, desespero e a fuga da realidade.
Principais autores: Álvares de Azevedo, Casimiro de Abreu, Fagundes Varela.
Principais obras: Lembranças de Morrer, Noite na Taverna.
A terceira geração, a geração condoreira, tem como características o erotismo, mulher vista com virtude e pecado, o abolicionismo, a realidade social, negação do amor platônico, mulher podendo ser tocada e amada.
Principais autores: Castro Alves, Sousândrade e Tobias Barreto.

Principais obras: Navio Negreiro, Flutuantes.

Poema 1° Geração Romantismo

Canção do Tamoio
(Gonçalves Dias)
I
Não chores, meu filho:
Não chores, que a vida
É luta renhida:
Viver é lutar.
A vida é combate,
Que os fracos abate,
Que os fortes, os bravos,
Só pode exaltar.
II
Um dia vivemos!
O homem que é forte
Não teme da morte;
Só teme fugir;
No arco que entesa
Tem certa uma presa,
Quer seja tapuia,
Condor ou tapir.
(...)
III
Domina, se vive;
Se morre, descansa
Dos seus na lembrança,
Na voz do porvir.
Não cures da vida!
Sê bravo, sê forte!
Não fujas da morte,
Que a morte há de vir!

Poema 2° Geração Romantismo

Visões da noite
Passai, tristes fantasmas! O que é feito
Das mulheres que amei, gentis e puras?
Umas devoram negras amarguras,
Repousam outras em marmóreo leito!

Outras no encalço de fatal proveito
Buscam à noite as saturnais escuras,
Onde, empenhando as murchas formosuras,
Ao demônio do ouro rendem preito!

Todas sem mais amor! sem mais paixões!
Mais uma fibra trêmula e sentida!
Mais um leve calor nos corações!

Pálidas sombras de ilusão perdida,
Minh’alma está deserta de emoções,
Passai, passai, não me poupeis a vida!

Poema de Fagundes Varela

Poema 3° Geração do Romantismo

O Navio Negreiro 
“’Stamos em pleno mar… Doudo no espaço
Brinca o luar – dourada borboleta;
E as vagas após ele correm… cansam
Como turba de infantes inquieta.
‘Stamos em pleno mar… Do firmamento
Os astros saltam como espumas de ouro…
O mar em troca acende as ardentias,
– Constelações do líquido tesouro…
‘Stamos em pleno mar… Dois infinitos
Ali se estreitam num abraço insano,
Azuis, dourados, plácidos, sublimes…
Qual dos dous é o céu? qual o oceano?…
‘Stamos em pleno mar. . . Abrindo as velas
Ao quente arfar das virações marinhas,
Veleiro brigue corre à flor dos mares,
Como roçam na vaga as andorinhas…
Era um sonho dantesco… o tombadilho
Que das luzernas avermelha o brilho.
Em sangue a se banhar.
Tinir de ferros… estalar de açoite…
Legiões de homens negros como a noite,
Horrendos a dançar…
Negras mulheres, suspendendo às tetas
Magras crianças, cujas bocas pretas
Rega o sangue das mães:
Outras moças, mas nuas e espantadas,
No turbilhão de espectros arrastadas,
Em ânsia e mágoa vãs!
E ri-se a orquestra irônica, estridente…
E da ronda fantástica a serpente
Faz doudas espirais …
Se o velho arqueja, se no chão resvala,
Ouvem-se gritos… o chicote estala.
E voam mais e mais…
Presa nos elos de uma só cadeia,
A multidão faminta cambaleia,
E chora e dança ali!
Um de raiva delira, outro enlouquece,
Outro, que martírios embrutece,
Cantando, geme e ri!
Existe um povo que a bandeira empresta
P’ra cobrir tanta infâmia e cobardia!…
E deixa-a transformar-se nessa festa
Em manto impuro de bacante fria!…
Meu Deus! meu Deus! mas que bandeira é esta,
Que impudente na gávea tripudia?
Silêncio. Musa… chora, e chora tanto
Que o pavilhão se lave no teu pranto!…
Auriverde pendão de minha terra,
Que a brisa do Brasil beija e balança,
Estandarte que a luz do sol encerra
E as promessas divinas da esperança…
Tu que, da liberdade após a guerra,
Foste hasteado dos heróis na lança
Antes te houvessem roto na batalha,
Que servires a um povo de mortalha!…
Fatalidade atroz que a mente esmaga!
Extingue nesta hora o brigue imundo
O trilho que Colombo abriu nas vagas,
Como um íris no pélago profundo!
Mas é infâmia demais! … Da etérea plaga
Levantai-vos, heróis do Novo Mundo!
Andrada! arranca esse pendão dos ares!
Colombo! fecha a porta dos teus mares!

Poema de Antônio Frederico de Castro Alves, poeta, nasceu em Muritiba, BA, em 14 de março de 1847, e faleceu em Salvador, BA, em 6 de julho de 1871. É o patrono da Cadeira nº 7 da Academia Brasileira de Letras, por escolha do fundador Valentim Magalhães.