sexta-feira, 17 de março de 2017

Poema Bilhete, Análise e Metáfora

Bilhete
Mário Quintana

Se tu me amas, ama-me baixinho
Não o grites de cima dos telhados
Deixa em paz os passarinhos
Deixa em paz a mim!
Se me queres,
enfim,
tem de ser bem devagarinho, Amada,
que a vida é breve e o amor mais breve ainda...

Por que esse título? Esse título pode ter sido especificamente escolhido pelo eu lírico por representar o que o poema significa. É um bilhete, como um aviso ou recado deixado à Amada pelo poeta, deixando claro o que sente, porém não é algo realmente sério que o leve a findar este relacionamento.
O poema começa com uma rejeição, mas não uma rejeição do amor da amada, é mais como um pedido para que seu amor o ame, mas ame sem que os outros saibam; um amor em segredo. Essa estrofe se trata de pedidos por um amor silencioso, um amor do qual apenas os envolvidos tenham conhecimento.
O eu lírico expressa seu descontentamento por meio do “deixe em paz os passarinhos” e “deixe em paz a mim!”, mostrando que não suporta mais os pedidos para que esse relacionamento não seja mais um segredo. Para ele, não há necessidade de o fazer publicamente, afinal é algo unicamente deles.
Na segunda e última estrofe, o eu lírico já pede que a Amada não perca tempo com reclamações, mas que aproveite o que eles têm, que o ame prazerosamente porque a vida é muito curta. Nesses versos, ele, o eu lírico, deixa claro o seu amor pela pessoa com quem está, sendo a questão de ela querer que o amor deles seja anunciado para tudo e todos o único empecilho que os impede de gozarem desse amor.


Metáfora: A vida é um  floco de neve tocando a pele quente; efêmera, breve.

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